sexta-feira, 10 de março de 2017

Arc-en-ciel

Ah, meu amigo, é tão triste. Sinto que terei que me acostumar com a sua ausência. Afinal, porque sou eu sempre ouvidos, quando também preciso de carinho? Porque sou eu sempre a forte quando também me pesa a vida? Acho que tinha que ser de estender as mãos e em silêncio compreender e respeitar a necessidade do outro. Sim. Tinha que ter sensibilidade e perceber o chamado tímido de quem precisa do que merece depois de tantos carnavais juntos. Se me sinto só na tempestade, aproveitarei sozinha o intenso arco-íris. Ele tá vindo. Acho que isso é amadurecer e se amar. Com o que sobrar das mágoas todas,  prepararei poemas lindos. Porque dessa vez, não serei eu a culpada. Fique se quiser, mas só se for para fazer bem. 

Garoa


Hoje acordei pensei : preciso escrever pra Sampa. Já faz tempo que não escrevo nada - nenhuma linha - mas penso muito, sinto muito e não há caneta que acompanhe esse encadeamento caótico. Acho que é isso mesmo São Paulo. Quem vê de fora não entende pensa que é muito concreto e barulho, dizem não ter mar. Quem se importa? Em São Paulo o mundo todo vive e morre. Todo mundo chora e ama. Exageradamente. Sem limites. Haja coragem! Aqui de longe São Paulo é alívio. É canção de ninar, abraço de mãe, primeiros amores, melhores amigos. Quero te ver sempre assim talvez não a mais bonita, mas a mais apaixonante. Aquela que desperta à noite. Quero te ver bem! Hoje brindarei em sua homenagem, Sampa boêmia. Porque não há melhor maneira de te ter viva em mim.