quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não-ditos

Mente vazia é a oficina da paranóia. Que é um eufemismo para Diabo. Que é coisa que tem rabo e deixa aberta a porta. Que é torta, é madeira, é pau e não se endireita. Direita de quem vai. Berço de ouro tem sorte quem tem. Quem tem? Trevo de quatro folhas. Quem tem? Nota de um real é rei. Não sou. Mas fé não falta e não falha. Sou amigo, estou avisando. Quem te viu, quem te vê se aparece, para tomar uma , duas, cinco e não tarda. Que amigo a gente não esquece - tenho o lado esquerdo para provar. Aparece! Que ausência é presente de grego para troiano. Quero presença que é chá que cura gripe de interiorano. E remediado estarei. O povo fala tanta coisa. Eu mesmo conto piada, causo, bafão. Porque sou esperto e o mundo é meu. Estou certo! Está errado no mundo das pessoas essa falta de malandragem com o coração. Os ditos populares são ditos com os olhares e não são em vão, não. Ajoelha no milho da vida quem é de mais malícia e de menos compaixão. Estou dizendo. Também o que não falta é morte. Sorte de quem morre dormindo. Já pedi para Deus. Meu Deus! Já pedi para Alá. Me dá! A morte de sonhar. Descobri o Buda e pedi também e para todos os amigos do além. Essa morte que é prova que fui do bem. Pedi para todo mundo, sim! O que é que tem? O sincretismo está na minha fala e na minha cor. Quer saber, só quero amor.