quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Otimizando

Hoje é dia de qualquer ruído não ser ouvido.
Não quero nada que impeça a mensagem certa
- a que o ouvido quer ouvir.
Hoje qualquer fantasma , desaparecido.

Pode ir!

Que agora eu entendo um pouco de respeitar o tempo.
Da gente não mandar nele.
Hoje até sol entre nuvens é de dourar.
Até batuque de mão cansada em tambor velho é doce.
Pode acreditar!

Pode ir!

Andei desandando, eu sei.
Desdenhando, também.
Difamando, meu bem.
É que é mal agradecida a saudade.
Só sabe do que não fica.
Perdoa, vai.

Pode ir!

Que hoje há mais calma em mim
- e não sei até quando.
Vai que é sua hora e me deixa com o Carnaval.
Que é pro silêncio não incomodar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Alvará de Soltura

Nosso poema,
nossa dúvida,
nossa incógnita,
nosso pedaço,
nossa alma,
nossa vida.

Tudo se baseia em um pedaço eterno de incertezas.
Incertezas por medo?
Incertezas por nós?
Incertezas por todos?
Estamos todos condenados a sofrer julgamentos?
Quem me vê por fora, enxerga dentro?
Será que sei quem sou por dentro?
Será que me conheço, me sinto?
Será que estamos todos sujeitos a uma punição eterna?

Punimo-nos por algo que não achamos "punível"?
Ó coerção!
Ó padrões!
Seguirá meus caminhos até o fim de minha vida?
Serás minha amiga?
Ou inimiga?
Te quero longe, mas sei viver sem você?

Me sufoco!

Enquanto vivo, penso.
Enquanto penso, vivo?

Será o antigo feto e atual homem,
um homem realmente prometido ao abismo?
Será que janelas quadradas e portas retangulares, incluem o mundo?
Afinal, que mundo?
Mundo que sou?
Mundo que serei?
Ou mundo em que vivo?

Sou agora a dúvida que tenho.
Sou agora tudo em mim.
Sou um bar e um amigo querido.

Sou agora, você.

ºCo-autoria: Cachos de banana.
Muito obrigada minha amiga,
para você - sol - uma flor.