sexta-feira, 20 de junho de 2008

º Mesmo que acreditasse mais do que penso acreditar
no amor, seria estranho
paranóia.
O amor de que falo, nunca senti
e é dele que me escondo.
Guardarei mais essa folha
em um baú, aquele escuro
num canto da casa, ali estão guardados sonhos,
medos e entre tantas outras coisas,
minha vontade de ser poeta.
Não mostraria sã
e quase nunca estou,
logo muitos verão e surgirão opiniões
e isso testaria meu controle.
Pobres, opinam sobre o que não sabem e como querem,
menosprezam a sabedoria alheia
sem sequer conhecê-la..
é preguiça mental, assustadora preguiça
que impede o pensamento na complexidade das coisas.
Voltando ao amor ,eu vou reto
e ele vira á esquerda.

ºDelírios

domingo, 15 de junho de 2008

Sensibilidade ao meio

Tamanha sensibilidade
me desconcentra.
Seria tão mais fácil fechar as feridas de viver,
fechando os olhos.
Ás vezes a ignorância
de quem não pensa
em nada além do seu próprio bem,
torna essa vida mais fácil.
Tamanha ilusão me desanima.
Sofro com o sofrimento alheio,
e me sinto humano.
Sonho com a igualdade,
e penso que se fazem a vida
parecer tão triste
para alguns, haverá de ser
assim também para os que sofrem
só de saber que existe sofrimento,
sem necessariamente senti-lo,
mas como não sentir?
Quando era uma criança -sim,
já fui um anjo- acreditava
na felicidade extrema.
Tamanha ironia.
Aqui estou eu,
sofrendo por haver sofrimento.
Seria tão mais fácil ser ignorante,
mas é tão mais real ser sensível.
Por isso hoje - já grande- acredito
na extrema realidade
e não há mais como fugir disso.

domingo, 8 de junho de 2008

Meu lugar

Minha casa, não é bem uma casa
mas é meu lar.
Seria meu lar, qualquer lugar
que tivesse quem amo,
que nascesse sol
e flores.
Meu lar é mais concreto
do que minha casa que é de concreto.
Meu lar nem a mais forte tempestade
nem a mais violenta máquina
pode derrubar.
Meu lar esta seguro, e é seguro.
Nem a inveja dos pobres de espírito,
é capaz de derrubar meu lar,
nada destrói.
Meu lar é maior que a minha casa,
e que todas casas juntas.
Está aqui dentro,
posso ir para longe
e ele continuará aqui dentro.
Meu lar é tudo que tenho
e esta seguro e é seguro.
É meu lugar.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Asas

Ó infância minha
parte saudosa da minha vida
parte pura da minha alma
tempo que não volta.
Seria criança outra vez
mas estou grande
perdi a graça
sou igual.
Queria sentir a liberdade
Ó nostálgica sensação
perdi a criança dentro de mim
perdi as asas
hoje não posso mais voar.
Lembranças do passado me levam ao futuro
chego mais perto do fim.
Aí serei criança outra vez
e levarei a vida de forma infantil
e encontrarei a felicidade.