sábado, 13 de dezembro de 2008

º Calejada vou,vôo por aí...
E mesmo que não queira, que
não aceite o vicio de sonhar
é tudo que tenho.
Minha companhia permanente é
a esperança e as vezes brigo com ela,
cobro-lhe realizações, mas sei que é
injusto pois são tantos sonhos.
E vou, vôo com essa mania até o fim- a de sonhar.
Fiz as pazes com a esperança
e a sua voz doce continuará a sussurrar
e não me deixará.
Que alivio!

sábado, 25 de outubro de 2008

º Até quando Tempo,
irá tirar isso de mim?
Passa e leva tudo,
sem cautela,
sem cuidado.
Isso é no mínimo, pecado!
Pecas e quem sofre sou eu,
perdendo partes pelo caminho,
perdendo peças importantes,
essenciais.
Até quando Tempo, me diz?
Tudo isso que construo é
lembrança no final e faz mal,
faz mal...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

º Pois é!
Eu evito a saudade.
Entre tantos outros sentimentos,
este me aterroriza.
E nessas tardes ensolaradas que
tudo me remete ao álbum de fotos antigas,
eu cerro minhas unhas já cerradas,
já comidas,
eu como o que já nem tem na casa,
estou de partida e saio
e ocupo minha mente com nada.
Que saudade desgraçada!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

º Urbanização

A cidade me enoja.
Seus concretos defeituosos,
que me tampam a visão.
Suas pessoas defeituosas,
invisíveis.
Insistente dor, que já nem sinto,
trágica conformação com a poluição
em suas variadas formas.
A competição individualista
de cada dia , grande ironia..
Meu Deus, que não existe,
existo eu e só.
O fato é que a cidade me enoja
e talvez eu me acostume
com isso também.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

º Tudo me inspira
outras cabeças me inspiram
a vida me inspira,
me inspira o céu rosa,
o céu cinza, o céu.
Inspira-me a lágrima
que rola, e as que rolam.
Inspiram-me os ninguens
figurantes da minha vida.
Inspira-me a saudade,
me inspira, mas dói mais.
Admito.
A inspiração vem ,
fica o tempo que acha necessário
sai e fecha a porta –bate a porta-e acordo.
É incrível, fico acordada
vendo tudo como realmente é,
esperando ela voltar..
Volta logo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

ºQuis escrever uma poesia
sobre a vida, que é tudo
que tenho, só o que me resta.
Quis escrever uma poesia
que derramasse lágrimas de alegria,
pois de tristezas já são tantas.
Quis escrever uma poesia
que fizesse dançar os
animais –tão serenos- e
acordasse os humanos do
sono eterno da ignorância.
Quis escrever uma poesia
como quis e quero tantas
outras coisas...
Mas a vontade passou
e o sono veio.
Boa noite.

sábado, 12 de julho de 2008

ºEnterro..

E eu fujo daquele lugar
como se tivesse no armário
monstro e eu fosse a criança-e ainda sou.
Fujo, admito.
O medo me puxa,
eu juro!
Isso tudo independe da minha vontade.
Queria poder voar,
me desfazer das lágrimas,
é tão desagradável me sentir fraca.
Quem me comanda agora é a tristeza
e me tira tudo..

sexta-feira, 20 de junho de 2008

º Mesmo que acreditasse mais do que penso acreditar
no amor, seria estranho
paranóia.
O amor de que falo, nunca senti
e é dele que me escondo.
Guardarei mais essa folha
em um baú, aquele escuro
num canto da casa, ali estão guardados sonhos,
medos e entre tantas outras coisas,
minha vontade de ser poeta.
Não mostraria sã
e quase nunca estou,
logo muitos verão e surgirão opiniões
e isso testaria meu controle.
Pobres, opinam sobre o que não sabem e como querem,
menosprezam a sabedoria alheia
sem sequer conhecê-la..
é preguiça mental, assustadora preguiça
que impede o pensamento na complexidade das coisas.
Voltando ao amor ,eu vou reto
e ele vira á esquerda.

ºDelírios

domingo, 15 de junho de 2008

Sensibilidade ao meio

Tamanha sensibilidade
me desconcentra.
Seria tão mais fácil fechar as feridas de viver,
fechando os olhos.
Ás vezes a ignorância
de quem não pensa
em nada além do seu próprio bem,
torna essa vida mais fácil.
Tamanha ilusão me desanima.
Sofro com o sofrimento alheio,
e me sinto humano.
Sonho com a igualdade,
e penso que se fazem a vida
parecer tão triste
para alguns, haverá de ser
assim também para os que sofrem
só de saber que existe sofrimento,
sem necessariamente senti-lo,
mas como não sentir?
Quando era uma criança -sim,
já fui um anjo- acreditava
na felicidade extrema.
Tamanha ironia.
Aqui estou eu,
sofrendo por haver sofrimento.
Seria tão mais fácil ser ignorante,
mas é tão mais real ser sensível.
Por isso hoje - já grande- acredito
na extrema realidade
e não há mais como fugir disso.

domingo, 8 de junho de 2008

Meu lugar

Minha casa, não é bem uma casa
mas é meu lar.
Seria meu lar, qualquer lugar
que tivesse quem amo,
que nascesse sol
e flores.
Meu lar é mais concreto
do que minha casa que é de concreto.
Meu lar nem a mais forte tempestade
nem a mais violenta máquina
pode derrubar.
Meu lar esta seguro, e é seguro.
Nem a inveja dos pobres de espírito,
é capaz de derrubar meu lar,
nada destrói.
Meu lar é maior que a minha casa,
e que todas casas juntas.
Está aqui dentro,
posso ir para longe
e ele continuará aqui dentro.
Meu lar é tudo que tenho
e esta seguro e é seguro.
É meu lugar.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Asas

Ó infância minha
parte saudosa da minha vida
parte pura da minha alma
tempo que não volta.
Seria criança outra vez
mas estou grande
perdi a graça
sou igual.
Queria sentir a liberdade
Ó nostálgica sensação
perdi a criança dentro de mim
perdi as asas
hoje não posso mais voar.
Lembranças do passado me levam ao futuro
chego mais perto do fim.
Aí serei criança outra vez
e levarei a vida de forma infantil
e encontrarei a felicidade.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Brisa

Loucura da minha loucura
Só eu entendo só eu sei.
Atos julgados que não modificam
a minha loucura,pertence a mim
e eu pertenço só a ela
e não compreendo,
não preciso compreender.
Já é parte de mim
já faz parte..
Loucura necessária, que
acalma a alma
que me fortalece,
me faz enfrentar o mundo,
tudo ,tão louco quanto eu.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Eles

Às vezes um amigo
um irmão
alguém.
Às vezes a vida
um labirinto,
mas se eles existem
aí fica fácil
aí é besteira...
Mesmo que grande
o obstáculo
chamo todos e
tudo vira brincadeira.
Agradeço,tenho
varias flores
no jardim que é
meu coração.
Espinhos?
Alguns.
Já até me cortei
mas amigos,
curativos
me curei.
Sou todo deles
conto com eles.
E agradeço.

sábado, 17 de maio de 2008

O despertar

Hoje acordei poeta
senti a vida
descansei a alma
Sorri, sorri como nunca
até doer,
sorri da vida
sorri pra vida
conheci a fé
Falo dos valores, meu amigo
dos que vão enterrados
junto a nós, entende?
Agora entendo,
sinto,
falo.
Falos dos anjos e
das árvores.
Minha alma está livre
creio no amor.
Hoje acordei poeta
Hoje acordei pra vida .

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Há tanta música, é tanta vida.

Há tanta música
Tanta memória
Tanta coisa
que nem sei
nem lembro
nem quero
Há tanto tudo
que me desespero
logo supero, pois
Há tanta vida
É tanta vida
tanto tempo
que me arrependo
mas logo largo mão
da direção, dessa música eterna,
dessa canção.
Concluo então que
há tanta música, é tanta vida
que esqueço.
Já nem sei, nem quero
nem lembro...

ºInício